Eu quero paz.

Meus pensamentos pesam tanto em minha cabeça, que estou enlouquecendo cada vez mais rápido.

Estão tão cansada, tão aborrecida, eu queria ter alguns momentos de paz, mas isso parece ser tão impossível...

Quando vejo, já estou chorando e reclamando para eu mesma o quão cansada estou, o quanto eu sinto falta da minha distante alegria.

Mas agora vou descansar para ver se isso passa...

Talvez tenha alguma saída... ou não...

Puro.

Me sinto só, abandonada no frio, perdida em pensamentos.

Não tenho motivos, mas vem tão de repente, é tão profundo... até um pouco puro.

O grito de dor da minha alma escorre como lágrimas sobre meu rosto, discretamente, mentindo pra si própria...

Eu quero fugir, quero paz, cansei a muito tempo dessa dor, mas ela continua a crescer, devagarinho, nos momentos de felicidade... e depois que ela se desvaneia, as feridas começam a doer de novo... e sangram, mais do que na primeira vez... continuo a errar da mesma forma... eu nunca aprendo... nunca

Buraco Negro.

Eu tenho um buraco negro em meu coração, sugando tudo, me deixando seca, fria. A única coisa que resta é tristeza, raiva, insegurança.

É tão ruim, não consigo confiar em ninguém e ninguém se importa. Começo a ter pensamentos ruins, que machucam, e muito.

Tá sangrando tanto... 

Leve embora...

Por favor, leve embora essa dor, essa angustia, esse desespero nascendo em minha alma... só me torna mais fria, mais fechada.

Por ao menos uma vez quero por os pés no chão e andar firme, sem medo de cair...

Mas eu caí faz tempo, estou no chão sem ter como levantar, mas mesmo assim, parece que afundo cada vez mais...

As vezes escuto as vozes da escuridão a me chamar, mas não vou até elas... e elas estão tão perto...

Visões deturpadas.

Visões deturpadas de uma sociedade podre e entulhada, onde não há mais espaço para outros sentimentos, a não ser ódio.

Ódio por não esperar a paciência, ódio por ligarem somente a seus próprios interesses, ódio da vida.

As pessoas decidem por entrar em seu estado de insanidade, por não aguentarem a realidade, a dura realidade...

Morram, agonizados em seus próprios pensamentos doentios.

Queimem nas chamas do inferno.

Incomodo.

Hoje a tristeza possui minha alma, fazendo-me lembrar de coisas que estavam já esquecidas e trancafiadas. 

Eu penso nas pessoas, e tenho vontade de sumir, de parar de incomodar...

Eu não tenho significancia alguma vivendo aqui, somente mechendo em feridas abertas e enojando as pessoas em minha volta.

Feridas.

É uma dor profunda, uma dor que não cura, um vazio...

É uma ferida que as pessoas gostam de mecher, gostam de me ver agoniar, gostam que eu derrame minhas lágrimas a coisas fúteis...

Gostam de me ignorar, de me interromper, de me deixar...

E sabe, dói bastante.